Isoladamente, houve recuos de 17,7% nas transações a prazo e de 19,1% nas vendas à vista. Segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti, esses números representam um aprofundamento da crise que afeta o setor.
São vários os fatores que têm prejudicado o varejo, mas é importante destacar a crise política e institucional, que magnifica os efeitos da economia e derruba, cada vez mais, a confiança do consumidor e do empresário, analisa Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
É importante destacar que janeiro de 2016 teve um dia útil a menos em relação a janeiro de 2015 e a dezembro de 2015, o que também contribuiu para quedas acentuadas das vendas.
De acordo com Burti, o desempenho das vendas a prazo foi influenciado pelo aumento dos juros, pela restrição ao crédito e pela queda da confiança, além da alta do dólar, impactando os produtos importados - ou confeccionados a partir de componentes importados. Outro fator foi o fim dos estímulos fiscais ao setor de informática.
Já as vendas à vista foram prejudicadas pela queda da massa salarial, que limitou o consumo das famílias, e pelo câmbio, já que muitos itens de menor valor e comprados à vista - como os de vestuário – são importados.
Janeiro e, sobretudo, fevereiro, são tipicamente meses de baixa para o varejo da cidade, que sofre com o êxodo dos paulistanos por conta de férias e Carnaval. Por isso, o empresário precisa planejar suas vendas com cuidado e evitar estoques”, diz Burti.
Comparação mensal
Frente a dezembro - o melhor mês para o comércio varejista - o movimento de vendas no varejo sofreu influência sazonal e caiu 39,1% na média. Os recuos foram de 30,5% nas transações a prazo e de 47,7% nas vendas à vista.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225 / (11) 97497-0287
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 121 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região