São Paulo, 18 julho de 2016. O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que, na primeira quinzena de julho, o movimento de vendas do varejo da capital paulista caiu 9,2% em média, na comparação com o mesmo período de 2015.
O recuo das comercializações à vista (-14,1%) foi muito maior do que o das vendas a prazo (-4,3%) e pode ser explicado pela deterioração do poder aquisitivo dos consumidores em relação a 2015, resultante da diminuição da massa salarial e do avanço do desemprego. Outro fator é o efeito-dólar: de um ano para cá o encarecimento da moeda norte-americana foi repassado para roupas e outros itens comercializados especialmente à vista.
Já as vendas a prazo foram prejudicadas principalmente pela restrição e encarecimento do crédito, e também pela baixa confiança do consumidor.
“Os dados reforçam que neste momento, se o consumidor não precisa comprar, não compra e posterga. Adquire só o que é essencial”, frisa Alencar Burti, presidente da ACSP.
Mas ele vislumbra melhora para o setor. “A partir de agora esperamos um alívio, com redução gradual dessas quedas. Acreditamos numa reversão da deterioração da economia. É claro que, para vermos mais claramente se essa é realmente uma tendência conjuntural, precisamos esperar mais alguns meses, e observar se esse arrefecimento das quedas de fato permanece”, diz Burti, que também é presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Frente à primeira quinzena de junho, nos 15 primeiros dias de julho o varejo paulistano apresentou retrações de 22,5% nas vendas à vista e de 7,4% a prazo, resultando em uma queda média de 14,95%
Assim, novamente as vendas à vista foram pior, em razão, principalmente, da base forte de comparação: a primeira quinzena de junho contou com o Dia dos Namorados e com quedas bruscas na temperatura, estimulando a venda de produtos como roupas, calçados e cobertores.
No primeiro semestre de 2016, as vendas caíram 11,1% em média, sendo que os recuos foram de 15,2% nas comercializações à vista e de 7% a prazo.
O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
Retrospectiva
1a quinzena frente a mesmo período de 2015 – em %:
Janeiro
Média: -20,05
Prazo: -18,7
Vista: -21,4
Fevereiro
Média: -17,9
Prazo: -18,3
Vista: -17,5
Março
Média: -8,85
Prazo: -3,3
Vista: -14,4
Abril
Média: -4,25
Prazo: +1,7
Vista: -10,2
Maio
Média: -17,2
Prazo: -15,7
Vista: -18,7
Junho
Média: -1,9
Prazo: +2,1
Vista: -5,9
Mais informações:
Ana Cecília Panizza
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 121 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região